| 19/05/2002 10h14min
O Brasil tem a sua primeira santa. Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus foi canonizada na madrugada deste domingo, dia 19, em cerimônia realizada sob chuva na Praça de São Pedro, no Vaticano. Aproximadamente 30 mil fiéis acompanharam a cerimônia. O papa João Paulo II acolheu no Catálogo dos Santos o nome da religiosa nascida na Itália, mas que viveu a maior parte da sua vida em Santa Catarina.
Além de Madre Paulina, os beatos espanhóis Alonso de Orozco e Ignazio da Santhià e os italianos Umile da Bisignano e Benedita Cabiagio Frassinello também foram canonizados. A maior parte do público era oriundo da Espanha, Brasil e da região italiana de Vígolo Vattaro, terra natal de Santa Paulina. Junto das janelas da Basílica de São Pedro, imensos cartazes apresentavam as imagens dos beatos canonizados. A cerimônia religiosa iniciou às 5h (horário de Brasília) e marcou o Dia de Pentecostes, comemorado 40 dias após a Páscoa, que celebra a chegada do Espírito Santo aos Apóstolos de Cristo.
Aos 82 anos, comemorados no sábado, demonstrando muito cansaço e com as mãos trêmulas, o Papa ministrou a missa recebendo a saudação do cardeal africano Bernardin Gantin. Depois anunciou o ato penitencial, intensificando as graças dos novos santos para os povos do mundo. Após esse ato foi realizada a Ladainha de Todos os Santos. A cerimônia foi presidida depois pelo prefeito da Congregação das Causas dos Santos, o cardeal português José Saraiva Martins, e testemunhada pelos postuladores. A irmã Célia Bastiana Cadorin, que foi responsável pelo processo de canonização de Madre Paulina participou do ato. Martins solicitou ao Papa que canonizasse os religiosos e os incluísse no Catálogo dos Santos. Uma pequena biografia de cada beato foi lida pelo sacerdote.
O Santo Padre anunciou em latim a concordância da confirmação dos novos santos da Igreja Católica, acompanhado pelo coral da Capela Sixtina, formado por crianças, que cantaram o canto de Glória. Os quase três mil brasileiros presentes na Praça de São Pedro eram os mais animados. Eles agitaram as bandeiras do Brasil e imagens de Madre Paulina, num clima de festa e descontração. A celebração religiosa de canonização seguiu com a leitura do Evangelho em grego e latim. As duas línguas representam a união de todos os povos. Em seguida, houve a procissão das ofertas da cada novo santo ao papa. No final da cerimônia, que durou duas horas, o papa abençoou as nações representantes dos canonizados.
Ao se dirigir aos fiéis brasileiros, João Paulo II disse em português que "a ação do Espírito Santo se manifesta de modo especial também na vida e missão de Madre Paulina, inspirando-a a constituir, juntamente com um grupo de jovens amigas, uma casa de acolhida. No serviços aos pobres e aos doentes, ela tornara- se manifestação do Espírito Santo, consolador perfeito: doce hóspede da alma, suavíssimo refrigério".
As informações são do Diário Catarinense.
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