| 02/05/2006 18h44min
A iniciativa do presidente da Bolívia, Evo Morales, de nacionalizar as refinarias de petróleo dominaram os debates na sessão desta terça-feira na Assembléia Legislativa. A deputada Jussara Cony (PCdoB) apoiou a medida, lembrando que ela fazia parte da plataforma de campanha do novo presidente boliviano.
– Tenho certeza de que a política externa governo Lula vai encontrar medidas para contornar eventuais dificuldades criadas e vai continuar apostando na necessária e estratégica integração latino-americana – destacou.
O deputado Pedro Westphalen (PP) qualificou a intervenção do presidente da Bolívia nas refinarias de petróleo como fanfarronice. Ele cobrou do presidente Lula uma reação firme, incluindo até a ruptura diplomática. Lembrou que a economia do país e, especialmente, do Estado dependem do gás boliviano. Segundo o deputado, o Evo Morales aliou-se aos presidentes Hugo Chavez e Fidel Castro "formando um triunvirato que quer mudar as regras da
política continental”.
– Os culpados somos nós, que elegemos homens assim. Portanto, está na hora de um levante democrático – disse Westphalen.
o deputado Reginaldo Pujol (PFL) afirmou que foi durante governo FHC que a Petrobras mais produziu petróleo. Referindo-se à intervenção de Jussara Cony, Pujol disse que a lealdade do PC do B ao governo Lula é desmedida.
– Dizer que o presidente da Bolívia é fruto da política externa do governo Lula é impressionante. O presidente da Bolívia elegeu-se com um discurso e o está cumprindo, enquanto Lula, não – disse.
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