| 08/05/2006 18h49min
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou hoje que não vai aceitar aumento unilateral no preço do gás importado da Bolívia, mas que vai negociar com a estatal boliviana de hidrocarbonetos YPFB. Ao participar as comemorações pelo início da produção do FPSO Capixaba, em Vitória, ele disse que a empresa discutirá o tema em um plano racional, técnico e econômico, com base no contrato.
Ele também contou que irá propor que a estatal boliviana não faça qualquer reajuste do preço do gás. Sobre as declarações do presidente Lula, de que se houver aumento a Petrobras não repassará ao consumidor, Gabrielli disse que não pode comentar sobre repasse porque não prevê aumento.
– Quem está falando em não fazer repasse? Estou dizendo que não vai ter aumento. Vamos discutir e negociar, a regra do jogo é essa. O presidente [da YPFB], Jorge Alvarado, coloca de forma clara que eles vão propor o aumento, nós vamos propor que não tenha aumento, vamos sentar e discutir como dois representantes de empresa – afirmou.
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e Gabrielli chegarão à Bolíva na quarta-feira para discutir o reajuste do preço do gás natural com o ministro de Energia do país, Andrés Soliz. Amanhã, eles passarão pela capital da Venezuela para debater a retomada das discussões sobre a construção de um gasoduto gigante para integrar a América do Sul.
De acordo com a Agência Boliviana de Informação, o presidente da Bolívia, Evo Morales, vai propor aumento de US$ 2 para o gás exportado ao Brasil.
Na reunião na Bolívia, Gabrielli também tratará dos detalhes do decreto de nacionalização, principalmente sobre a indenização a ser paga pelas refinarias parcialmente nacionalizadas. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Gabrielli disse que a própria constituição boliviana prevê a indenização.
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