| 10/05/2006 10h24min
O peruano Juan Carlos Oblitas é todo confiança. O técnico da LDU, de 55 anos, foi ponta-esquerda do Peru nas Copas de 1978 e 1982 e técnico da seleção entre 1992 e 2002. Hoje, no comando da equipe equatoriana, ele busca manter a concentração dos jogadores em meio ao clima de otimismo entre os torcedores e imprensa. O treinador respeita o Inter, festeja a ausência de Tinga e avisa:
– A altitude não é mito. Atacaremos desde o início, não mudo a postura quando jogo em casa – destacou.
Na noite de domingo, depois de jogar tênis com amigos em um clube Quito, o técnico conversou por telefone e tratou do confronto com o Colorado. Acompanhe os principais trechos.
Zero Hora - Como chega a LDU para esse confronto com o Inter?
Juan Carlos Oblitas - Estamos em um plano muito bom, sobretudo nas partidas pela Libertadores, em que alcançamos ótimo nível. Esperamos o Inter com otimismo, mesmo sabendo que as
dificuldades aumentam a cada fase.
ZH - Qual
é sua estratégia para esse primeiro jogo, visto que a segunda partida só será em 19 de julho?
Oblitas - A partida com o Inter será uma das últimas antes da parada do futebol equatoriano. Só voltaremos depois que terminar a campanha da seleção na Copa. Acredito que nosso primeiro jogo depois disso seja exatamente contra o Inter. Isso não é bom.
ZH - Isso o faz mudar os planos para esse jogo?
Oblitas - Queremos um bom resultado, para ficarmos bem nesse longo período de inatividade.
ZH - Os números e os gols mostram que a LDU costuma amassar o adversário desde o início. Será assim contra o Inter também?
Oblitas - Em casa, vamos pressionar desde o início. Mas somos diferentes das demais equipes da altitude. Gostamos de trabalhar a bola, recuperá-la e jogar um futebol mais técnico.
ZH - O senhor acredita na altitude como uma arma a seu
favor?
Oblitas - A altitude não é mito. Há equipes que sentem mais. Outras,
não. O Vélez veio aqui e nos ganhou. Há adversários que acusam o problema psicológico da altitude mais que outros.
ZH - O que o senhor conhece do Inter?
Oblitas - É uma equipe que manteve a base de 2003, chegou bem na Sul-Americana, marca bem no meio-campo. Não tem boa altura, apesar de ter Fernandão na frente.
ZH - A pouca estatura do Inter pode ser explorada?
Oblitas - Logicamente, nos fixaremos nos pontos do rival, nos seus principais jogadores.
ZH - Que ponto forte precisa ser cuidado no Inter?
Oblitas - Gosto muito dos laterais, Wagner e Granja, o meio-campo é bom, desequilibra. Há ainda Iarley, que conheço do Dorados e do Boca, e Fernandão. O volante Tinga ficará de fora. Mas o grupo do Inter é forte e ele será bem substituído.
ZH - O técnico do Inter usará manchetes de jornais de Quito
anunciando planos de goleada como motivação ao Inter.
Oblitas - (risos) Isso é jornal, nada mais.
Sabemos que o adversário é poderoso. Para mim, um dos três melhores nesta Libertadores, junto com Vélez e Universidad Católica, já eliminado. A imprensa está empolgada com nossa trajetória. É tudo blá-blá-blá.
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