| 12/05/2006 08h44min
A Bolívia defendeu hoje a saída de empresas estrangeiras do projeto de construção do Gasoduto do Sul. O ministro de Hidrocarbonetos, Andres Soliz Rada, disse que o país abandonará a idéia caso os capitais internacionais tenham presença majoritária e citou especificamente a empresa brasileira.
– Para que o Gasoduto do Sul funcione é preciso que seja executado por empresas estatais. Há um grave problema com a Petrobras, porque 60% das suas ações estão nas mãos de transnacionais. Vamos investir enormes somas de dinheiro para beneficiar as transnacionais sócias da Petrobras? – questionou.
O ministro fez a advertência ao apresentar um relatório no Senado. Para Soliz Rada, o problema não é grave para a Bolívia, Venezuela e Argentina.
– É sim para a Petrobras – resumiu.
O projeto do gasoduto pretende levar gás boliviano e venezuelano aos mercados argentino e brasileiro. Além da Petrobras, ele envolve as estatais Enarsa, da Argentina, Petróleos de Venezuela (PDVSA) e Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).
– A Petrobras vai ter que se decidir. Enquanto tiver como sócios majoritários as grandes transnacionais, o governo do presidente Evo Morales não vai participar do megaprojeto – encerrou.
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