| 12/05/2006 15h15min
A jovem argentina que apareceu hoje de biquíni na cúpula entre a União Européia e a América Latina realizada em Viena, para denunciar a instalação de fábricas de celulose no Uruguai, está em liberdade. De acordo com Rudolf Gollia, porta-voz do Ministério austríaco do Interior, o protesto não ameaçou a segurança dos líderes.
– Ela entrou como qualquer outro jornalista, com um credenciamento completamente em ordem. Depois tirou a roupa. Em nenhum momento houve um problema de segurança – disse.
Gollia afirmou que, ao contrário do que foi informado inicialmente, a argentina Evangelina Carrozzo, de 26 anos, não foi detida pelas autoridades, mas apenas expulsa do centro onde a cúpula é realizada. Carrozzo surpreendeu os 60 chefes de Estado e de governo que posavam para a foto oficial, quando, inesperadamente, se separou do grupo de jornalistas, tirou a roupa e ficou vestida apenas com um biquíni preto com lantejoulas coloridas.
Em meio à surpresa geral e se apresentando como a rainha do carnaval da cidade de Gualeguaychú, a jovem estendeu então um cartaz que dizia: "Basta de fábricas de celulose poluentes. Greenpeace". A organização Greenpeace afirmou, em comunicado, que o protesto de Carrozzo buscou reivindicar uma solução para o conflito das fábricas de celulose.
O conflito por causa do projeto de instalar duas fábricas de celulose na cidade uruguaia de Fray Bentos, que faz fronteira com a Argentina, coloca Buenos Aires e Montevidéu em conflito há mais de um ano. A cidade argentina de Gualeguaychú é ligada a Fray Bentos por uma ponte internacional, que foi bloqueada várias vezes por manifestantes contra a construção das fábricas de celulose.
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