| 17/05/2006 20h47min
A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o tráfico de armas aprovou requerimento que pede a prisão preventiva dos advogados Sérgio Wesley da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado. Eles representam integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e são acusados de corrupção ativa e fomração de quadrilha.
Hoje, o ex-funcionário da Câmara dos Deputados Arthur Vinícius da Silva, que era um dos responsáveis pelo som do Congresso, disse ter vendido uma fita com o áudio da sessão do dia 10 da CPI do Tráfico de Armas para esses advogados. O presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), disse que, por enquanto, a comissão não deve pedir a prisão de Silva por acreditar que ele está colaborando.
– Vamos avaliar com a assessoria jurídica da Casa e com as três polícias o que vamos fazer com Artur. Mas em razão dele estar colaborando, ser primário e ter residência fixa, talvez continue como réu colaborador – disse.
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) disse que trechos da sessão de quarta-feira passada da CPI foram transmitidos para presídios de São Paulo.
– Os advogados conseguiram o áudio da sessão reservada e transferiram esse áudio para a central do PCC, que o reproduziu, em áudio-conferência, para todos os presídios paulistas – disse Faria de Sá.
A CPI aprovou também requerimento que pede à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a suspensão do registro dos acusados. A CPI solicita ainda a proteção para o ex-funcionário da Câmara e o indiciamento do líder do PCC Marcola.
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