| 18/05/2006 21h30min
O governo da Bolívia advertiu hoje que não negociará novos contratos com as companhias petrolíferas que recorrerem a arbitragens internacionais contra o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos assinado no último dia 1º. O aviso foi dado pelo ministro dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada.
– O primeiro requisito para ficar no país é reconhecer a nacionalização – disse Soliz Rada, em meio a aplausos dos membros da Câmara, onde o partido de Morales, o Movimento Ao Socialismo (MAS), é maioria.
No entanto, o ministro também sustentou que tinha esperança de que as companhias não apelariam a tribunais internacionais, porque os contratos trabalhados teriam uma grande blindagem jurídica. Soliz Rada assinalou ainda que as empresas petrolíferas serão obrigadas a negociar novos contratos em 180 dias, porque o decreto estabelece que, se isso não acontecer, devem abandonar o país.
Com a nacionalização, o Estado boliviano também ameaçou todas as empresas a entregar sua produção à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). O país tomou o controle de 50% mais um das ações de cinco empresas, três delas mistas e duas privadas.
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