| 21/05/2006 17h49min
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que haverá segurança jurídica em seu país para as empresas que se subordinarem às leis. Ele reafirmou que a companhia petrolífera espanhola Repsol YPF será sócia, e não dona, dos hidrocarbonetos.
– As empresas que se subordinarem às leis bolivianas terão segurança jurídica – disse Morales em entrevista publicada hoje pelo jornal Abc Color, de Assunção.
O presidente boliviano reafirmou que na cúpula de governantes da semana passada, em Viena, informou à União Européia (UE) que a Bolívia precisa de "sócios, não donos ou patrões".
Morales defendeu a nacionalização dos hidrocarbonetos – decretada em 1 de maio passado na Bolívia – e reiterou seu "respeito e admiração" ao presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.
Sobre o consórcio petrolífero espanhol, um dos principais atingidos pela nacionalização, Morales sustentou que "continuará sendo sócio, e não dono", dos recursos naturais da Bolívia, assim como a Petrobras.
– Precisamos de sócios que permitam investir e resolver conosco o problema econômico e social da Bolívia – ressaltou.
– Nós também podemos estar indignados com empresas que exploram nossos recursos – disse, ao responder a uma pergunta sobre o impacto de sua decisão no governo brasileiro.
Também negou que tenha dito que a Petrobras realiza contrabando em seu país, e alegou que suas expressões foram interpretadas de modo errado por alguns meios de comunicação que querem fazê-lo brigar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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