| 23/05/2006 18h28min
O advogado Sérgio Wesley confirmou em depoimento à CPI que um dos dois CDs com a cópia do depoimento dos delegados do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) ficou com a advogada Maria Cristina Rachado, que tem como cliente Marcos Camacho, o Marcola. Wesley tentou desvincular seu cliente Leandro Carvalho de Marcola, afirmando que ele não tem nenhuma ligação com facção criminosa. Em seu depoimento na CPI, pouco antes, Maria Cristina afirmou que não ficou com cópia alguma.
Segundo o advogado, ele esteve em Brasília para acompanhar o depoimento de seu cliente e quem lhe paga os honorários é a mulher de Carvalho. A princípio, disse que não se lembrava direito do nome dela. Em seguida, citou o primeiro nome, Fernanda.
Wesley disse ter certeza que o conteúdo do depoimento do Deic não foi responsável pela onda de ataques a São Paulo e que o CD seria usado na defesa de seu cliente. Para o advogado, ele tem direito constitucional de ter conhecimento do depoimento do Deic. Ao explicar o motivo que levou à repassar o CD também para a advogada de Marcola, justificou-se:
– Queriam fazer ligação do meu cliente com o cliente dela. Por isso autorizei que ela tivesse acesso à copia do depoimento do meu cliente – afirmou.
Ele afirmou que omitiu a informação de ter ido a um shopping de Brasília junto com Maria Cristina e com Arthur Vinícius Pilastre Silva para fazer a cópia do CD para se preservar. Segundo Wesley, isso foi uma estratégia de defesa.
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