| 23/05/2006 21h21min
A advogada Maria Cristina de Souza Rachado se contradisse ao responder a perguntas do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) na CPI das Armas. Maria Cristina afirmou que fez poucas visitas ao líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Marcos Camacho, o Marcola, que é seu cliente. Segundo ela, a última vez que falou com o criminoso foi em março. Jungmann apresentou um documento do sistema penitenciário de São Paulo que mostra que só neste ano ela falou cinco vezes com Marcola, a última em abril.
Apesar de a advogada negar ter advogado para o líder do PCC José Carlos Rabelo, o Pateta, Jungmann observou que ela já esteve com o criminoso durante uma visita a Marcola. Maria Cristina explicou que foi apenas pegar uma procuração para uma advogada amiga, que trabalha para o Pateta. Maria Cristina insistiu que nunca perguntou a Marcola se ele pertence à facção criminosa.
Jungmann também mostrou uma cópia de livro-caixa do PCC, que acusa lançamento de R$ 10 mil para visita de advogados. Maria Cristina negou ter recebido a quantia. O deputado destacou uma retirada de R$ 4,5 mil, com referência a Narigudo, outro apelido de Marcola. A advogada reafirmou que não tem nada a ver com isso.
Jungmann também informou que não existe registro sobre a passagem da advogada no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 10 de maio, conforme ela havia relatado.
Neste momento, ocorre a acareação entre Maria Cristina e o também advogado Sérgio Wesley da Cunha sobre a compra de um depoimento secreto da CPI.
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