| 25/05/2006 20h46min
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), disse nesta quinta-feira, depois da acareação entre os advogados Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina Rachado e o ex-prestador de serviços terceirizados à Câmara Artur Vinícius Pilastre Silva, que os advogados atuam como verdadeiros integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Torgan disse que, depois de horas de depoimentos cheios de contradições, o que mais chamou a atenção foi a frieza dos advogados quando se recordou as mortes recentes ocorridas por ordem do PCC. O deputado disse que essa frieza é típica de quem faz parte da organização.
– Não temos mais nenhuma dúvida do envolvimento deles com o crime organizado. Eu espero que o Judiciário também não tenha essa dúvida e decrete a prisão preventiva imediatamente – afirmou.
Torgan lembrou que já foram feitos os pedidos de prisão preventiva de ambos e que isso precisa ocorrer logo. Segundo o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a Procuradoria Geral da República informou que o processo já está em fase final.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) afirmou que Sérgio Weslei e Maria Cristina fazem parte de um grupo de pelo menos duas dezenas de advogados que trabalham regularmente para o PCC, na defesa de interesses criminosos. O parlamentar informou, ainda, que a CPI também fará um levantamento das sentenças judiciais envolvendo a organização e dos resultados favoráveis a ela, para verificar se há coincidências de sentenças favoráveis nas mesmas varas. A intenção é verificar se também há juízes envolvidos com o crime organizado.
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