Mais uma vez o Campeonato Nacional masculino de basquete ignora a disputa na quadra e vai para o campo judicial. Uma liminar concedida pelo juiz Daniel Ferro Affonso Rodrigues Alves, da 25ª Vara Cível do Rio de Janeiro, afastou na última sexta o presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, além de oito membros da diretoria.

A decisão se baseia em uma ação movida pelas federações do Rio, do Espírito Santo e do Paraná, que acusam a entidade de má gestão pedem uma auditoria independente. Como consequência direta, a série decisiva do Nacional, entre Franca e Ribeirão, está suspensa. O segundo jogo aconteceria neste domingo.

As federações acusaram a diretoria da CBB de provocar graves prejuízos financeiros, além de desrespeito ao Estatuto do Torcedor, já que a fórmula de disputa e o calendário de jogos foi completamente modificada, em função da briga entre CBB e os clubes que disputam a Nossa Liga, sempre através de medidas judiciais.

Em resposta à liminar, a CBB divulgou comunicado oficial, assinado por 21 presidentes de federações, em apoio a Grego.

– Trata-se de uma briga que está massacrando o basquete brasileiro. As 21 Federações vão buscar na Justiça os seus direitos pelos danos morais que essa liminar está causando – diz o texto.

Enquanto a liminar estiver valendo, Pedro Leopoldino Bandeira Arantes, presidente da Federação de Basquete do Estado do Rio de Janeiro, assume interinamente a entidade.

Para completar a bagunça, o Brasília pleiteia os pontos do jogo contra o Rio de Janeiro, no hexagonal semifinal. Arnaldinho atuou na partida graças a uma liminar, que garantia sua inscrição no Nacional. Caso reconquiste os pontos, é o Brasília que disputa a final do campeonato com o Franca, e não Ribeirão.

GAZETA PRESS