| 31/05/2006 19h38min
O lateral Roberto Carlos disse nesta quarta que prefere que o meia Ronaldinho não precise ajudar na marcação da Seleção. O técnico Carlos Alberto Parreira já deixou claro que os membros do “quadrado mágico” (Kaká, Adriano, Ronaldo e Ronaldinho) precisarão se revezar na marcação para que a Seleção fique menos vulnerável.
– Eu não quero que Ronaldinho volte para marcar. Tendo o Zé Roberto, eu e o Juan para fechar o lado esquerdo, não vejo porque o Ronaldinho deva voltar – afirmou o lateral do Real Madrid, que vem recebendo muitas críticas por deixar a sua posição descoberta com certa freqüência nos treinos.
Na avaliação de Roberto Carlos, se o astro do Barcelona for obrigado a ter essa função de marcação, o Brasil pode “perder força no ataque”.
– Ronaldinho não deve voltar muito se não terá de correr um espaço grande do campo para retomar ofensivas do Brasil – justificou o lateral, que revelou estar sendo cobrado pelos filhos para que chute mais ao gol.
Roberto Carlos garante que tanto ele como Cafu vão aparecer no ataque da Seleção, mas de forma alternada para não comprometer o setor defensivo. O jogador ainda defendeu a preparação da Seleção e a escolha de adversários inexpressivos para a realização de amistosos.
Na terça-feira, o time jogou contra o fraco Lucerna, da Suíça, e, no domingo, enfrenta a Nova Zelândia. Enquanto isso, as seleções que enfrentarão o Brasil na Copa estão realizando amistosos até mesmo com países classificados para o Mundial da Alemanha.
– Acho melhor treinos como os que estamos fazendo que os jogos amistosos que as outras seleções estão promovendo. A Croácia está fazendo jogos todos os dias em vários locais da Europa. Isso é muito cansativo e acredito que vamos chegar melhor preparado que os demais – disse Roberto Carlos.
Mas o lateral alerta que o Brasil não pode considerar seus três primeiros adversários (Croácia, Japão e Austrália) como vitórias certas, principalmente depois do empate de terça dos japoneses contra a Alemanha.
– Todos têm falado que são equipes fáceis. Mas não é bem assim. Temos que tomar muito cuidado. Empatar com a Alemanha não é para qualquer um e o Brasil sempre sofreu com o Japão. Se vamos achando que ganharemos com tranqüilidade essas partidas, podemos ter problemas – completou.
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