| 07/06/2006 14h20min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a cerimônia sobre o projeto de lei do audiovisual para falar do quebra-quebra ocorrido ontem no Congresso e condenar o ato. Lula disse que o que houve foi "uma cena de vandalismo, de pessoas que perderam o limite da responsabilidade no trato da coisa pública e que pagarão pelo ato cometido."
– Quem praticou vandalismo pagará pelo vandalismo praticado. Quem pratica a democracia será beneficiado pela democracia que pratica – disse.
Segundo ele, a confusão de ontem não foi uma cena de democracia, foi uma cena de vandalismo.
– As pessoas podem até não gostar do Congresso, mas todos somos testemunhas de que este país era menos seguro e menos gratificante quando não tínhamos o Congresso funcionando. Toda vez que um movimento extrapolar os limites da democracia ele não estará representando os anseios democráticos da sociedade – afirmou Lula.
O presidente disse que vai continuar recebendo dirigentes de todos os movimentos sociais no Palácio do Planalto, argumentando que foi para isso que foi eleito, mas ressaltou que o que aconteceu ontem não foi um movimento reivindicatório.
– Não foi um movimento reivindicatório até porque não apresentou pauta – declarou.
O presidente lembrou que teve sua carreira forjada no movimento social, mas que nunca se comportou dessa maneira.
Depois do encerramento da cerimônia, ao ser indagado sobre o que o PT deveria fazer com o líder dos sem-terra, Bruno Maranhão, atual secretário de movimentos populares do partido, Lula respondeu apenas:
– Deixem isso para o PT resolver, gente.
Já o presidente do PT, Ricardo Berzoini, disse que ainda não sabe dizer se Bruno Maranhão vai continuar ou não no partido. Ele afirmou que ainda deve se reunir com os dirigentes do partido para resolver o que será feito.
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