Cinco israelenses morreram na tarde desta quinta-feira, 20 de junho, (horário de Brasília) e oito ficaram feridos durante um ataque palestino à colônia de Itamar, perto de Nablus, na Cisjordânia. As vítimas fatais foram feitas reféns na própria casa por militantes palestinos que pertenciam à Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).

Os israelenses mortos eram membros de uma única família - a mãe e três filhos - e um soldado que havia sido ferido ao invadir com outros militares a casa, matando um dos invasores. Um segundo pulou por uma janela, trocou fogo com os soldados e foi perseguido até ser morto por guardas de fronteira.

Ao saber do novo ataque, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, suspendeu sua participação num ato público e passou a fazer consultas com seus assessores mais próximos. O porta-voz de Sharon, Raanan Gissin, reagiu:

– Trata-se de um ataque horrendo, e sempre tem de haver uma resposta a tais coisas.

O ataque ocorreu depois que Israel expandiu suas operações militares na Cisjordânia, enviando tropas e tanques para seis cidades palestinas. A medida foi uma resposta a dois atentados a bomba em Jerusalém, na terça e quarta-feira, que mataram no total 25 pessoas.

Apoiadas por helicópteros e tanques, as tropas israelenses invadiram a cidade de Belém e um campo de refugiados vizinho na manhã desta sexta-feira. Tanques do Exército também ocuparam subúrbios no sul de Ramallah. Tulkarem e Nablus também foram alvo de operações e o exército israelense ainda manteve ocupações em Jenin e Qalqilya.

Israel começou a convocar reservistas nesta quinta-feira, com o objetivo de criar uma "divisão de reserva". Fontes militares informaram que os soldados ficarão estacionados entre a Cisjordânia e Israel.

Arafat divulgou um comunicado condenando os ataques suicidas, mas não apareceu pessoalmente na televisão, como assessores disseram que faria. O comunicado foi brando se comparado a anteriores, nos quais havia rotulado os atentados suicidas de terrorismo.