| 20/06/2002 23h33min
O julgamento desta quinta-feira, 20 de junho, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), começou favorável ao Figueirense desde o início. O primeiro a votar foi o relator do pedido de revisão, Mário Antônio de Oliveira Couto. Embora tivesse votado contra o alvinegro no julgamento de 11 de abril, Oliveira Couto mudou de idéia e deu parecer favorável ao clube do Estreito nesta quinta.
O argumento do relator se baseou na invalidação do gol de Abimael – punição que não consta no artigo 299 do Código Brasileiro Disciplinar do Futebol (CBDF), ao qual foi enquadrado o Figueirense. Dessa forma, entendeu o auditor que o tribunal não pode aplicar uma pena maior do que a proposta em lei. Com o gol validado, o alvinegro ganhou a vaga à Série A pelo saldo de gols, um a mais que o Caxias.
A mudança de opinião de Oliveira Couto foi fundamental para o resultado a favor do Figueirense. Também contribuiu a ausência do auditor Álvaro Luiz Carvalho Moreira, que está assistindo à Copa do Mundo, no Japão. No julgamento anterior, Moreira foi o responsável pela principal argumentação a favor do Caxias.
Entre os demais auditores, Paulo César Salomão e Otávio Augusto Brandão Gomes mantiveram-se a favor do Figueirense. José Alberto Alves Diniz e José Custódio de Oliveira Neto alteraram a decisão anterior e se juntaram aos dois colegas. O presidente do STJD, Sérgio Luís Sveiter, que não participou do processo anterior, também foi a favor. Apenas Marcos Henrique Basílio e Nélio Machado foram contra.
Mesmo que o Caxias entre na Justiça Comum, existe pouca possibilidade de êxito, pois a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pretende obter o apoio do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, para manter soberanas as decisão das instâncias desportivas.
A tabela da Série A de 2002, que já foi formulada, deve ser divulgada na próxima semana.
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