| 10/06/2006 13h41min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado que não pretende ceder a pressões de ano eleitoral para fazer concessões ou mágicas. Em discurso em cerimônia de lançamento simbólico do gasoduto Cabiúnas-Vitória, na capital capixaba, Lula mostrou preocupação com eventuais equívocos que possa cometer no período eleitoral.
– O meu maior cuidado neste momento é não permitir que nesse processo eleitoral eu faça uma bobagem. Eu não quero fazer mágica, porque quando um passe de mágica dá errado, quem quebra a cara é o povo brasileiro – afirmou.
Foi mais uma referência indireta do presidente a um assunto polêmico dos últimos dias: o reajuste de mais de 16% que a Câmara aprovou, contra a orientação do governo, para os aposentados que recebem benefícios do INSS acima de um salário-mínimo.
Se o Senado também aprovar essa emenda apresentada durante a votação da Medida Provisória do Salário Mínimo de R$ 350, quarta passada, o Tesouro terá um gasto extra de R$ 12 bilhões por ano. O reajuste negociado entre governo e aposentados que ganham mais de um mínimo foi de 5%, já concedido em maio. Apenas os benefícios equivalentes a um salário mínimo tiveram reajuste de 16%.
O próprio presidente Lula disse na sexta, no Rio, que a Câmara não adotou uma decisão séria. Os ministros da Previdência, Nelson Machado, e do Planejamento, Paulo Bernardo, recomendam o veto ao reajuste se os senadores confirmarem a votação da Câmara. Lula já admitiu que terá que fazê-lo.
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