O governo de Israel decretou toque de recolher em Ramallah, na Cisjordânia. Está é a sexta cidade palestina ocupada nos últimos dias. A decisão de manter tropas na Cisjordânia provocou crise no governo israelense. O ministro de Relações Exteriores, Shimon Peres, ameaçou deixar o cargo. Na Faixa de Gaza, helicópteros israelenses atacaram a cidade de Rafah, matando seis palestinos. O movimento terrorista Hamas prometeu vingança.

Mais de 25 tanques israelenses, acompanhados de outros veículos militares, entraram na manhã desta segunda, dia 24, (noite de domingo, dia 23, no Brasil) em Ramallah, na Cisjordânia. Três dos tanques invadiram o complexo que serve de quartel-general para o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat. Na Faixa de Gaza, as forças de segurança palestinas colocaram em prisão domiciliar o líder espiritual do Hamas, xeque Ahmed Yassin. Também foram detidos dezenas de integrantes da milícia.

O Exército de Israel, que convocou hoje mais 4 mil reservistas para ampliar suas ações na Cisjordânia, não comentou o assunto, afirmando apenas que estava realizando uma ação em Ramallah. Desde dezembro, Arafat foi mantido várias vezes sob cerco de forças israelenses no seu QG. Agora, todas as grandes cidades palestinas da Cisjordânia estão sob ocupação militar de Israel, que impôs aos habitantes o toque de recolher. As tropas controlam, entre outras, Naplusa, Jenin, Tulkarem e Belém. Arafat tornou a acusar o exército israelense de tentar controlar todas as ações civis na zona palestina.