Derrotados na primeira rodada, Japão e Croácia jogam neste domingo, às 10h (hora de Brasília), em Nuremberg, sabendo que uma derrota praticamente eliminaria uma das duas equipes. Os dois times são uns dos piores ataques da competição até o momento e terão de fazer gols para se manter com chances de classificação aos mata-matas.

A falta de produtividade dos setores ofensivos provocou mudanças de atitude em ambos os times. No Japão, cartolas pressionaram, e Zico escalará time mais ofensivo. Entre os croatas, sem o temor do Brasil, o time se lançará à frente. Até um empate deixa os dois times em desvantagem na rodada final, na briga no Grupo F por vaga nas oitavas-de-final.

Só assim para melhorar o rendimento das estréias. Cada um dos times finalizou 11 vezes, o que os deixa na 19ª posição, segundo o Datafolha. Pior é o aproveitamento: o Japão só acertou 7,1% de suas conclusões, o pior desempenho da Copa. Já os croatas tiveram 27,3% de precisão – são os 24º no ranking. Os japoneses ao menos marcaram um gol; a Croácia passou em branco. Ambos os times têm sido igualmente ineficientes nos fundamentos que levam ao gol. Os japoneses acertaram só 7,1% dos cruzamentos, contra 10% dos croatas. Estão entre os quatro piores aproveitamentos. Em média, as duas equipes também estão entre as que mais perdem bolas. O Japão desperdiçou 49 lances no primeiro jogo, o segundo pior. O adversário vem logo em seguida, com 36 bolas.

Em outros fundamentos, como assistências e lançamentos, os dois times também estão longe de ter destaque. Esse foi o motivo que levou o técnico Zico a escalar o meia Ogasawara, que será responsável por dar criatividade ao time. Embora tenha negado pressão de cartolas, o treinador tomou a atitude após declarações do presidente da federação, Saburo Kawaguchi, em que pedia o time no ataque.

Do lado croata, os números desfavoráveis do primeiro jogo não parecem convencer o técnico Zlatko Kranjcar de que precisa aumentar a produtividade do ataque. Também terá de aprimorar os cruzamentos, pois quer apostar no jogo aéreo por ser mais forte que os japoneses.