O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, confessou hoje estar "inquieto" pela possibilidade de a Coréia do Norte testar um míssil de longo alcance e pediu às autoridades de Pyongyang que "escutem" a mensagem da comunidade internacional. Annan fez declarações à imprensa sobre o assunto durante uma visita a Paris, para a inauguração do Museu do Quai Branly, da qual participou junto com o presidente francês Jacques Chirac.

– Espero que os líderes da Coréia do Norte escutem e entendam o que o mundo diz. Estamos inquietos e eles devem estar atentos para não criarem uma situação ainda mais complicada na península, em uma região tão sensível – disse o secretário-geral da ONU.

Annan garantiu que teve oportunidade de falar sobre esse problema com os governos da China, Japão e Coréia do Sul, que fazem parte do grupo de países que dialogam acerca do programa nuclear norte-coreano ao lado de EUA e Rússia. Esses países pretendem persuadir a Coréia do Norte a abandonar seu programa nuclear em troca de uma série de benefícios e assistência da comunidade internacional para seu desenvolvimento atômico com fins pacíficos.

O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, admitiu que compartilha a inquietação do chefe da ONU e afirmou que caso este teste da Coréia do Norte seja realizado, "será necessário que a comunidade internacional dê uma resposta firme e justa e está claro que o Conselho de Segurança adotará as medidas indispensáveis".

Villepin insistiu na importância de garantir a segurança da região, mas também em outros assuntos, como no caso do programa nuclear do Irã. Ele disse que "existe a vontade da comunidade internacional de que todos cumpram com suas obrigações".

AGÊNCIA EFE