| 20/06/2006 23h39min
Adriano é um dos mais ameaçados de perder a vaga de titular na Seleção Brasileira. Assim como Ronaldo, não vem jogando bem e pode dar lugar a Fred ou a Robinho, este em excelente forma física e bem tecnicamente. O atacante admitiu nesta terça que a dupla de ataque tem tido atuações abaixo da média, mas pediu uma nova chance e prometou atuações melhores e muitos gols.
O atacante da Inter de Milão, depois de ter conquistado prestígio na Itália, sofreu bastante na última temporada. Jogou mal, foi para a reserva e recebeu vaias da torcida. Agora, na Seleção, tem a chance de se recuperar. Mas com prazo de validade. Na estréia, contra a Croácia, foi muito mal. Na segunda rodada, diante da Austrália, marcou um gol, mas novamente não entusiasmou.
O técnico Carlos Alberto Parreira admite mudanças no time. E pode testar Robinho no ataque já na partida desta quinta,contra o Japão, embora a tendência seja a de manter o jogador da Inter no time. Mas, se o desempenho não for satisfatório, o banco de reservas pode ser o destino do jogador ou até mesmo de seu companheiro Ronaldo nas oitavas-de-final.
– O Ronaldo e eu podemos fazer mais, com certeza nossas
atuações não estão sendo das melhores, mas já melhoramos no segundo jogo e tenho certeza de que vamos melhorar ainda mais – declarou Adriano. – Mas a dificuldade existe, muita gente vê do lado de fora e acha que é fácil. São oito ou nove adversários lá atrás se defendendo contra a gente – explicou.
Boa parte da imprensa européia considera estranha a escalação de Adriano entre os titulares. “Como um jogador que não joga bem há pelo menos seis meses pode ser titular?”, se perguntam os jornalistas estrangeiros que acompanham a Seleção. A resposta é simples: Parreira dá crédito a jogadores com bom desempenho no passado recente sob seu comando. E Adriano ganhou a confiança da atual comissão técnica ao ir bem na Copa América de 2004 e na Copa das Confederações de 2005.
Ronaldo também terá mais uma chance na partida desta quinta quinta. A expectativa do treinador é de que o Fenômeno cresça depois da atuação considerada de razoável para boa contra a Austrália. O jogador, decepcionante na estréia, diante da Croácia, está otimista e disse ainda ter fé em quebrar o recorde de gols em Copas do Mundo (já marcou 12 e está a dois do alemão Gerd Muller), apesar de ainda não ter balançado as redes na Alemanha.
– Já tem duas partidas que não marco e estou com muita vontade de fazer. O gol já chegará – avisou.
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