O governo mobilizou 2 mil policiais para acompanhar a marcha convocada para as 16h desta quinta-feira, dia 27, em Buenos Aires, em repúdio à violência empregada contra manifestantes nesta quarta-feira. Na ocasião, duas pessoas morreram e pelo menos 90 ficaram feridas durante um piquete na capital portenha. A marcha marcada para hoje deverá unir o Congresso à Praça de Maio, em frente à sede do governo.  O Senado declarou ponto facultativo desde as 14h.

Os policiais que circundam a Praça de Maio estão fortemente armados e usam escudos protetores. Helicópteros sobrevoam a área. O governo advertiu a população de que atos de vandalismo e violência poderiam se repetir.

O repúdio ante as mortes desta quarta na localidade de Avellaneda, próximo à capital Portenha, provocou a paralisação de diversos professores, de todos os níveis de ensino, na província de Santa Fé. Também os docentes da Coordenadoria de Trabalhadores Docentes (COAD), da Universidade Nacional de Rosario, aderiram ao movimento. Em Córdoba, professores também pararam e diversos setores realizaram manifestações por volta das 12h de hoje. Houve bloqueios parciais de ruas, pontes e vias de acesso à cidade.

A Frente de Grêmios Estataias, a Corrente Classista e Combativa (CCC) e a Central de Trabalhadores Argentinos (CTA) se mobilizam nesta tarde. Na província de Misiones, produtores mantêm tratores estacionados em frente à sede do governo. Apesar de bloqueios em acessos às principais cidades da província, até o meio-dia desta quinta, informou o jornal La Nacion, não havia registro de feridos ou detidos. Na província de Mendoza, houve três piquetes, que trouxeram transtornos ao trânsito, mas não há informes sobre incidentes.

O governo argentino acusou pela manhã os piqueteiros de estimularem a luta armada no país. O secretário-geral da Presidência, Añibal Fernandez, disse que entidades de desempregados têm um cronograma de protestos armados até 15 de julho.

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