O ministro da Defesa israelense, Binyamin Ben-Eliezer, ordenou neste domingo, dia 30 de junho, a retirada de 10 campos judeus que encontram-se de forma irregular em territórios ocupados da Cisjordânia. Três já foram desmontados pelos próprios colonos. Caso não ocorra o mesmo com os outros sete acampamentos, as tropas israelenses irão retirá-los nesta segunda.

O conselho Yesha, uma organização de suporte aos assentamentos, posicionou-se contra a decisão de Ben-Eliezer, qualificando-a como uma "recompensa e incentivo ao terrorismo". Cerca de 200 mil israelenses vivem em 145 assentamentos nos territórios ocupados, os quais são considerados ilegais pela comunidade internacional.

O ministro encabeçou a atual reocupação de sete cidades palestinas pelo exército israelense, em represália a dois atentados suicidas palestinos que deixaram 26 mortos em Israel na semana passada.

Neste domingo, soldados israelenses mataram o palestino Mohammed El Owsrah, 20 anos, no campo de refugiados de Deheishi, perto de Belém, na Cisjordânia, de acordo com seguranças palestinos. Além de Owsrah, outros quatro jovens ficaram feridos quando soldados israelenses abriram fogo contra seu grupo, que jogava pedras nas tropas em oposição à ocupação israelense das cidades palestinas.

Os militares estariam procurando terroristas nos prédios do acampamento. Um palestino também foi ferido na Faixa de Gaza por tiros, enquanto blindados israelenses e uma escavadeira começaram a destruir terras agrícolas na cidade de Rafah.