O corpo do jornalista Tim Lopes foi enterrado na tarde deste domingo, 7 de julho, no cemitério Jardim da Saudade, na zona oeste do Rio de Janeiro. O cortejo saiu da Assembléia Legislativa, onde o corpo estava sendo velado. Além de amigos e parentes, a governadora do Rio, Benedita da Silva, e o chefe de Polícia Civil, delegado Zaqueu Teixeira, acompanharam a cerimônia.

Na última sexta-feira, exames de DNA confirmaram que ossos encontrados em um cemitério clandestino na Pedra do Sapo, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, eram Tim Lopes. O repórter da TV Globo desapareceu em 2 de junho deste ano quando fazia reportagem sobre um baile funk na favela Vila Cruzeiro (Penha), onde haveria consumo de drogas e sexo explícito. De acordo com a polícia, Lopes teria sido capturado, torturado e morto pela quadrilha de Elias Maluco. O traficante está foragido.

Neste domingo, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Estado do Rio divulgou nota oficial durante o velório do jornalista pedindo a imediata prisão dos integrantes, ainda soltos, da quadrilha de Elias Maluco. O documento pede a identificação das 250 ou mais ossadas encontradas em cemitérios clandestinos, para que seus familiares possam sepultá-las, e que as comissões da Assembléia estão abertas a receber, sigilosamente, denúncias de desaparecimento.

O comunicado exige a implantação do policiamento inteligente e preventivo, que saiba diferenciar rigor contra o poder armado paralelo de truculência e desrespeito às pessoas carentes.