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O ministro da Fazenda, Pedro Malan, admitiu na segunda-feira, dia 9, pela primeira vez, em Madri, a possibilidade de o Brasil vir a negociar um acordo de transição com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com a participação dos candidatos de oposição à Presidência.
O acordo em vigor vence em dezembro deste ano, antes da posse do presidente da República a ser eleito em outubro.
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas, afirmou que não tem interesse em negociar um acordo desse tipo, alegando que "o responsável pela política econômica do Brasil é o presidente Fernando Henrique Cardoso".
Malan participa em Madri de um encontro financeiro internacional promovido pela revista The Economist e pelo banco espanhol Caja Madri.
– Acho que não se deve eliminar nenhuma possibilidade. Os sinais estão vindo dos próprios partidos de oposição, que estão dando sinal talvez de uma certa maior maturidade, que não estão mais naquela fase, que infelizmente já vivemos no passado, de satanização do FMI e busca de grandes inimigos externos – afirmou o ministro.
O ministro acrescentou que está havendo "mais pragmatismo, mais realismo e mais maturidade nessas questões e isso é bom para o país". Disse que o FMI, numa nota oficial sobre o Brasil há duas semanas, reafirmou sua confiança nos fundamentos da economia e na condução da política econômica pela atual administração.
Por meio de seu porta-voz, Alexandre Parola, o presidente Fernando Henrique Cardoso desmentiu que soubesse de qualquer negociação com o Fundo.
– O presidente não conversou com o presidente do México, Vicente Fox, sobre o tema e não tem nenhum conhecimento de negociação entre o governo e o FMI – disse.
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