| 10/07/2002 11h
A Região Metropolitana de Porto Alegre registrou o segundo menor Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de junho. O índice na Capital ficou em 0,22% frente aos 0,50% de maio - mais alto daquele mês. A cidade de Belém registrou 0,19% de variação, o mais baixo entre as regiões metropolitanas analisadas. Apesar da Capital gaúcha ter apresentado o segundo menor IPCA, o acumulado do ano foi o maior em junho, de 3,75%. Superior, inclusive, que o acumulado no Brasil (2,94%).
Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístisca (IBGE) divulgados nesta quarta-feira, dia 10, o IPCA nacional ficou em 0,42% em junho. A taxa é 0,21 ponto percentual mais alta que a de maio (0,21%). No Brasil, o acumulado nos últimos 12 meses é de 7,66%, pouco abaixo do resultado dos 12 meses imediatamente anteriores (7,77%). Em junho de 2001, a taxa mensal havia sido de 0,52%.
Um dos fatores que levaram à alta de junho foi o gás de cozinha, que chega ao consumidor 9,02% mais caro, devido ao reajuste de 9,2% nas refinarias. Sua contribuição para o índice foi a maior do mês (0,14 ponto percentual). Em maio, os preços do gás haviam caído 3,67%.
Contribuíram para a alta, também, as tarifas dos ônibus urbanos, que subiram 2,44% em virtude de reajustes no Rio de Janeiro, em Fortaleza e em Salvador. Além disso, os alimentos mostraram relativa estabilidade de preços em junho (0,08%), após terem caído 0,59% em maio. Produtos importantes tiveram alta de preços, a exemplo do óleo de soja (de -1,28% para 8,00%) e do feijão carioca (de 0,31% para 5,68%).
O maior índice regional foi registrado em Salvador (0,87%), onde alguns itens tiveram aumentos acima da média nacional, com destaque para ônibus urbanos (6,80%), gasolina (2,43%) e remédios (1,07%).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. A pesquisa é realizada em nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Os preços foram coletados no período de 30 de maio a 28 de junho (referência), e comparados com os preços vigentes no período de 29 de abril a 29 de maio (base).
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