| 12/07/2002 22h36min
O ministro de Economia do Uruguai, Alberto Bensión, anunciou nesta sexta-feira, 12 de julho, que o governo fará uma série de medidas para conter a alta dos preços dos alimentos, que vêm sofrendo forte incremento desde a mudança do regime cambial do país, há 20 dias, quando foi adoatada a livre flutuação da moeda. Os preços dos principais alimentos subiram, em média, entre 10% e 30% desde a liberalização do câmbio no Uruguai. Agora, o governo não só quer evitar uma disparada ainda maior, como também reduzi-los.
Entre as medidas cogitadas pelo ministro estão a redução da alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC) para o trigo e a farinha. A TEC desses produtos está hoje em 11,5%, alíquota acertada no âmbito do Mercosul. Bensión disse também que o governo eliminará a obrigatoriedade de financiamento para alguns produtos importados da Argentina e a lista de preços de referência que havia sido adotada para evitar "dumping" da indústria argentina, beneficiada com a desvalorização do peso, em janeiro deste ano.
Desde que o governo uruguaio adotou dia 20 de junho a livre flutuação do dólar, a desvalorização da moeda no Uruguai chegou a 29,6%. Desde o começo do ano, a desvalorização foi de 40%. O ministro disse também que será eliminada a lista de produtos que são obrigados a adotar prazos de financiamento mínimo para sua importação desde a Argentina. Entre eles estão as carnes de vaca, suína, ovina e de aves, além de azeites, arroz, frutas e verduras. Com isso, os importadores poderão pagar à vista as mercadorias adquiridas na Argentina. Essa lista de produtos com financiamento obrigatório foi adotada pelo governo uruguaio em janeiro, quando a Argentina abandonou a conversibilidade, que mantinha a paridade entre o peso argentino e do dólar.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.