| 19/07/2002 10h57min
Israel modificou nesta sexta-feira, dia 19, a sua tática de combate aos atentados suicidas, com a decisão de prender parentes de militantes palestinos que podem ser mandados para o exílio, como forma de deter futuros ataques. O Exército disse que destruiu a casa de dois militantes perto de Nablus e prendeu suas famílias. Fontes políticas disseram que a intenção é mandá-los da Cisjordânia para a Faixa de Gaza. Segundo a rádio Israel, há 22 pessoas sob custódia. Ainda não se sabe se elas poderão recorrer à Justiça israelense contra o exílio.
Os palestinos presos são parentes de Nasser A-Din Assidi, do Hamas, e de Ali Ahmad Al Ajouri, da Fatah. Assidi é suspeito de ter participado da emboscada de terça-feira, dia 16, contra um ônibus de colonos judeus na Cisjordânia; Al Ajouri é acusado de tramar o duplo atentado suicida de quarta, dia 17, em Tel Aviv.
– Vejo isso como um crime de guerra, um crime contra a humanidade – comentou o ministro da gabinete palestino Saeb Erekat sobre a decisão israelense, que já foi utilizada pelo país na primeira intifada (rebelião) palestina, entre 1987 e 1993.
Os dois atentados dessa semana encerraram um mês de relativa calma no Oriente Médio, depois que uma série de ataques em junho que deixaram 26 israelenses mortos e levaram o Exército a reocupar as cidades palestinas da Cisjordânia. A atual intifada, iniciada em setembro de 2000, já matou pelo menos 1.447 palestinos e 559 israelenses. As informações são da agência Reuters.
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