| 22/07/2002 23h17min
Pelo menos 12 pessoas morreram nesta segunda-feira, 22 de julho, num ataque aéreo de Israel sobre a cidade de Gaza. O objetivo da ação era atingir a casa do grupo radical islâmico Hamas.
A situação de Salah Shehada, chefe da brigadas Izz el-Deen al-Qassam, braço armado do Hamas não está clara. As brigadas já mataram dezenas de israelenses em ataques suicidas desde que os palestinos se revoltaram contra a ocupação israelense, em setembro de 2000.
Autoridades do Hamas inicialmente disseram que Shehada tinha sido morto, mas depois outro porta-voz do Hamas disse que ele está vivo, apesar de ainda não ter aparecido junto com a multidão que tomou conta das ruas de Gaza após o ataque.
O ataque marca um aumento da tentativa de Israel de sufocar militarmente a rebelião palestina, mas as vítimas civis podem causar problemas para os líderes de Israel. O governo disse que o ataque era um ato de defesa após a morte de dezenas de israelenses em atentados.
– Nós estamos tentando proteger nosso povo – disse o funcionário da chancelaria israelense Gideon Meir.
O Secretário Geral da Organização Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, condenou o ataque de Israel, disse um porta-voz.
– Israel tem a responsabilidade legal e moral de tomar todas as medidas para evitar a perda de vidas inocentes. Claramente não fez isso ao usar um míssil contra um apartamento residencial – , disse o porta-voz da ONU Fred Eckhard.
Testemunhas palestinas disseram que um jato F-16 israelense atirou um míssil contra casas no bairro residencial de Bouraj, na Cidade de Gaza, destruindo cinco delas.
O porta-voz da Hamas, Abdel Aziz al-Rantissi, prometeu vingança.
– A retaliação do Hamas vai vir em breve, e não será apenas um ataque. Depois desse crime, até mesmo os israelenses em suas casas serão alvos de nossas operações – disse ele.
As informações são da Agência Reuters.
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