| 23/07/2002 10h22min
O dólar comercial abriu nesta terça-feira, 23 de julho, cotado a R$ 2,897 na compra e a R$ 2,907 na venda, com alta de 0,03% ante o fechamento desta segunda, quando a moeda norte-americana atingiu novo recorde do Plano Real. Ontem, a divisa fechou o dia negociada a R$ 2,9050 para venda.
Apenas em julho, ocorreram três recordes do dólar na comparação com o real. No dia 17, a moeda norte-americana foi cotada a R$ 2,897 para venda, ante R$ 2,896 registrados no dia 1º. Na penúltima vez que atingiu o topo, o valor em reais da divisa norte-americana foi resultado da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em reduzir os juros básicos do país – Selic – para 18% ao ano. Com taxas de juros menores, o investimento em dólar ficou mais atraente do que outros tipos de aplicações com retorno atrelado à Selic. A maior procura pelo dólar acabou elevando a cotação da moeda.
O agravamento da instabilidade nos Estados Unidos e a preocupação com o quadro eleitoral inibiram nesta segunda-feira o otimismo dos investidores domésticos com a visita ao Brasil da vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger. Todos os segmentos do mercado foram afetados. A Bolsa de São Paulo (Bovespa) teve a maior queda (6,52%) desde setembro de 2001. O péssimo desempenho das ações da Petrobras, que anunciou a compra da petroleira argentina Perez Companc, reforçou as vendas na Bovespa, que já acumula perda de 11,14% no mês. O giro chegou a R$ 579,7 milhões, dos quais 25% corresponderam aos negócios com papéis da Petrobras. O Ibovespa fechou abaixo dos 10 mil pontos (9.892) pela primeira vez desde 19 de agosto de 1999, o que também refletiu a apreensão com os boatos de crescimento da diferença a favor de Ciro Gomes (PPS-CE) em relação a José Serra (PSDB-SP) nas intenções de voto da corrida presidencial – confirmados depois da publicação de uma nova pesquisa sobre a corrida ao Planalto, divulgada pelo instituto Vox Populi.
As bolsas caíram pela terceira vez seguida nos EUA. A Bolsa de Nova York fechou com baixa de 2,93%, e a Nasdaq (setor tecnológico) teve desvalorização de 2,77%.
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