| 02/08/2006 16h59min
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, expressou apoio hoje à postura unificada da União Européia para resolver a crise no Líbano e cancelou pela segunda vez uma reunião que debateria o envio de uma força multinacional à região.
O porta-voz da ONU, Ahmed Fawzi, comentou que Annan deu boas-vindas ao comunicado emitido ontem pela UE, "que apóia essencialmente o ponto de vista do secretário-geral" da organização.
– A UE agora está falando a mesma língua. Primeiro deve haver um término completo das hostilidades no Líbano, seguido de um cessar-fogo. Agora temos uma frente européia unida – completou.
Após uma reunião convocada em caráter de emergência, os 25 países da UE emitiram ontem um comunicado conjunto com o objetivo de solicitar o término dos confrontos entre Israel e os milicianos xiitas do Hezbollah, que seria o prelúdio de um cessar-fogo permanente na região e de um plano político para resolver a crise no Líbano.
O destacamento de uma força multinacional no sul do país teria como condição prévia um acordo político entre as partes, de acordo com a postura do bloco europeu.
O porta-voz da ONU anunciou também o adiamento por tempo indeterminado e pela segunda vez de uma reunião para debater o destacamento de uma força multinacional, ao alegar que é necessário primeiro esclarecer um plano político para pôr fim ao conflito.
A França, que foi citada como o país que poderia comandar esta força de paz, declarou que não assistiria à reunião por considerá-la muito prematura. Além disso, outros países e regiões com grande potencial militar, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, já expressaram que não poderão contribuir por já terem oficiais deslocados para outros conflitos, como os do Iraque e Afeganistão.
Por outro lado, os governos de Finlândia, Suíça, Espanha e Turquia estão considerando o envio de tropas ao Líbano.
Os EUA, que apóiam Israel e evitam falar em um término dos confrontos, consideram que o primeiro passo rumo à paz na região envolve o envio de uma força multinacional, para que depois as partes possam definir um cessar-fogo em caráter permanente.
Os Estados Unidos anteciparam que esta semana haveria uma reunião ministerial entre os cinco membros permanentes do Conselho - EUA, Reino Unido, França, Rússia e China -, mas por enquanto a data do encontro ainda não foi estabelecida.
A ONU informou que pelo menos 700 libaneses morreram devido aos ataques israelenses, com um terço das vítimas sendo formado por crianças. Do lado israelense morreram 59, a maioria soldados.
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