| 04/08/2006 20h55min
A decisão de retirar o embaixador da Venezuela em Israel, em protesto pelos ataques contra o Líbano, revela que o presidente Hugo Chávez tem mais coragem que os países árabes. A declaração é de um representante do Hezbollah.
A emissora de televisão Telesur, com sede em Caracas, transmitiu hoje uma entrevista realizada no Líbano com o vice-presidente do escritório político do Hezbollah, Mahmoud Komati. Komati classificou como corajosa a retirada do embaixador venezuelano, anunciada por Chávez na quinta-feira, e comparou essa iniciativa com a passividade dos países árabes perante o conflito entre Hezbollah e Israel, que já deixou mais de 900 mortos no Líbano, a maioria civis.
O dirigente do Hezbollah disse que a atitude de Chávez é uma lição que muitos líderes mundiais precisam aprender "em defesa dos povos oprimidos e escravizados".
– É um exemplo para todos os revolucionários – afirmou.
Kotami também assegurou que a ofensiva israelense no Líbano não atingiu os seus objetivos, apesar de, segundo ele, continuar atropelando, bombardeando e esquartejando. O dirigente libanês afirmou ainda que uma solução para o problema passa pela criação de um tribunal internacional que julgue Israel por crimes de guerra contra a população do Líbano e pela publicação de um mapa que indique a localização de minas em território libanês.
Kotami afirmou que por trás da ofensiva israelense está o governo norte-americano, e disse sentir muitíssimo respeito pelos que apóiam a luta contra o imperialismo dos Estados Unidos e de Israel dirigido aos povos palestino e libanês.
– Sabemos que há um consenso internacional para que haja um cessar-fogo. Apenas EUA, Reino Unido e Israel querem prolongar a guerra para conseguir algum alvo militar e depois utilizá-lo para impor condições – afirmou o dirigente do Hezbollah.
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