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 | 30/07/2002 09h43min

Dólar registra alta nesta manhã e moeda abre cotada a R$ 3,195

Moeda bate sexto recorde seguido e motiva da de missão brasileira ao FMI

O dólar comercial abriu nesta terça-feira, 30 de julho, em alta de 0,47% ante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,185 na compra e R$ 3,195 na venda, segundo informações da Globo News.

Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana encerrou os negócios cotada a R$ 3,175 na compra e R$ 3,185 na venda – alta de 5,70% em relação ao último fechamento e sexto recorde consecutivo no Plano Real. O pico do dia ocorreu às 15h45min, quando a moeda era vendida a R$ 3,28. O risco-país fechou em 2.164 pontos, alta de 8,7%, com temores de um calote brasileiro.

A turbulência no mercado financeiro fez com que pela terceira vez no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o Brasil decidisse dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para tentar conter uma crise. Os pedidos anteriores ocorreram em 1999 e neste ano. A missão brasileira que vai a Washington será chefiada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, e seguirá nos entendimentos iniciados pelo presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, há duas semanas. O FMI aplaudiu a decisão brasileira e manifestou-se pronto a iniciar “discussões produtivas”. O possível acordo envolveria a prorrogação do empréstimo atual de US$ 15,58 bilhões aprovado em setembro de 2001 e um aumento de recursos.

A nova escalada da crise deve-se à falta de dólares no mercado interno e de fontes externas. Nos últimos dias, os bancos brasileiros lançaram-se em busca desesperada de dólares prometidos a empresas brasileiras endividadas no Exterior. As companhias não encontram crédito para renovar ou pagar débitos, dada a desconfiança de bancos e investidores em relação ao país. Em junho, só 22% da dívida externa das empresas foi renovada. Em 2001, essa taxa era de 96,5%. As fontes de dólares no Brasil também começaram a secar.

Entrevistas do ministro da Fazenda, Pedro Malan, sexta-feira, e de seu colega norte-americano, Paul O’Neill, domingo, ajudaram a detonar a explosão no mercado, que esperava um sinal claro de Malan a respeito de novo acerto com o FMI. O secretário do Tesouro dos EUA disse domingo que não ofereceria ajuda ao Brasil e Argentina em sua visita à América do Sul, de 5 a 7 de agosto.

 
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