| 30/07/2002 15h02min
O presidente estadual do PDT, Vieira da Cunha, acredita que a decisão de José Fortunati de renunciar à corrida ao Piratini pode ser revista. Na manhã desta terça-feira, 30 de julho, Fortunati viajou ao Rio de Janeiro para informar pessoalmente sua decisão ao presidente nacional da sigla, Leonel Brizola. Vieira integrou a comitiva, junto a Alceu Collares, Matheus Schmidt, Airton Dipp, João Luiz Vargas e Pompeo de Mattos.
Ao chegar a Porto Alegre, Vieira garantiu que Fortunati é o melhor nome para o governo do Estado. Nesta tarde, a executiva do partido, juntamente com representantes do PTB e do PAN, se reúnem em Porto Alegre para discutir os rumos da campanha. Vieira negou que seu nome esteja à disposição para a disputa ao Piratini e reafirmou que concorrerá à reeleição para a Assembléia Legislativa. Segundo o deputado, Brizola já havia demostrando preocupação com a candidatura de Fortunati. O líder trabalhista, que concorre a uma vaga ao Senado pelo Rio, deve vir a capital gaúcha para fechar as negociações em torno da disputa ao governo estadual. Sobre dificuldades financeiras da campanha de Fortunati, Vieira afirmou que este aspecto não é uma novidade para o PDT. Mas disse que o partido está pronto para superar esta e outras dificuldades a fim de chegar ao segundo turno das eleições e vencer o pleito.
Fortunati atribuiu a renúncia à falta de recursos para a campanha e a nenhum apoio político de algumas lideranças pedetistas. Confirmou que irá trabalhar na candidatura do PDT ao governo do Estado e reassumirá a presidência da Câmara de Vereadores de Porto Alegre na próxima quinta-feira, dia 1º de agosto. Também irá apoiar o presidenciável Ciro Gomes (PPS).
Segundo Fortunati, a retirada da candidatura significa contribuição ao PDT, a fim de que a sigla avance no processo eleitoral. A candidatura do presidente do Legislativo da Capital não conseguiu superar a marca dos 3% nas pesquisas de intenção de voto. Para Fortunati, não foi possível quebrar a bipolaridade que existe atualmente no cenário gaúcho – referindo-se aos candidatos Antônio Britto (PPS) e Tarso Genro (PT). O pedetista afirmou que se sente triste ao deixar a disputa, uma vez que apostava na campanha. Ainda no aeroporto, agradeceu a acolhida do PTD – partido ao qual se filiou em setembro do ano passado, após deixar o PT – e do PTB (que compõem com o PAN a Frente Trabalhista). Ele ainda afirmou que preferiu tomar a decisão neste momento, ainda em tempo hábil para o que os trabalhistas pudessem lançar outro nome à corrida ao Piratini e antes do início da propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão.
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