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O presidente da Varig, Ozires Silva, teme que a liminar que tornou indisponíveis os bens de diretores e da fundação que controla a empresa prejudique a já complicada negociação em andamento com o governo para salvar a companhia. Como consequência da liminar concedida na última sexta-feira, 2 de agosto, à Associação dos Pilotos da Varig (Apivar), a controladora da Varig, Fundação Rubem Berta não poderá realizar nenhuma venda sem a autorização da Justiça.
Os controladores da companhia aérea resistem a pelo menos uma das exigências do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na negociação: a de que a Varig incorpore as subsidiárias Rio Sul e Nordeste, para facilitar o controle dos recursos que serão injetados na empresa. Segundo Ozires, os acionistas relutam em fazer a incorporação das empresas, mas a integração operacional já está sendo implantada e o resto deve se resolver nas próximas semanas.
Nesse meio tempo, o executivo terá que enfrentar uma nova ofensiva da Apivar na Justiça. A associação pretende ajuizar, no prazo de 30 dias, uma ação pedindo a demissão da diretoria da Varig.
As negociações com o BNDES tiveram início em maio. A expectativa da companhia é a de conseguir US$ 300 milhões. Ozires confia que as negociações com o BNDES vão terminar antes de outubro, como previsto pelo banco, mas até lá trabalhará para manter a companhia no ar com o menor custo possível. Para atingir essa meta, a empresa já devolveu 18 aviões, reduzindo a frota de 85 para 67 aeronaves em menos de 10 meses, e demitiu mais de mil funcionários. A falta de caixa levou também ao parcelamento de salários no mês de julho para funcionários que ganham mais de R$ 2 mil.
O presidente da Varig informou que poderá devolver mais aeronaves. Segundo ele, não seria ofensa diminuir de tamanho e passar ao posto de segunda companhia aérea brasileira, perdendo para a TAM a posição de líder. Durante seus 75 anos de vida, a Varig deteve a liderança do mercado brasileiro.
Em julho, segundo dados preliminares do Departamento Nacional de Aviação Civil (DAC), a TAM deve pela primeira vez ultrapassar a Varig em número de passageiros transportados, já refletindo o encolhimento da frota da companhia.
As informações são da agência Reuters.
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