| 27/08/2006 16h06min
Depois do fiasco no Campeonato Mundial de basquete masculino, parte da equipe que terminou na 19ª posição, a pior da história na competição, desembarcou neste domingo de manhã no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, tentando explicar os motivos por desempenho abaixo do esperado.
Tamanha era a dificuldade em justificar os problemas, que jogadores e comissão técnica acabaram por elaborar enorme lista. Entre as causas mais citadas estiveram o nervosismo dos jovens jogadores do grupo e a dificuldade da chave que o país caiu na competição. Houve também quem culpasse a falta de sorte e o cansaço.
Assistente-técnico da comissão, Guerrinha, integrante da seleção brasileira em dois Mundiais e jogador por quase duas décadas da equipe, fez um apanhado geral. Para ele, faltou um pouco de tudo na campanha no Japão.
– Em primeiro lugar, faltou resultado. O trabalho foi bem feito, todos se dedicaram ao máximo, lutaram, mas caímos em chave dura. Tanto que de quatro que se classificaram, três passaram para as quartas (Grécia, Turquia e Lituânia). Temos que lembrar também dos lances livres e que esta equipe era muito jovem – destacou o ex-armador da seleção.
Entre os jogadores, Marcelinho Machado, o primeiro a desembarcar, pôs a culpa no azar. Um dos mais experientes da equipe e apontado como líder pelos outros jogadores, ele lamentou as derrotas apertadas (três delas por menos de seis pontos, para Austrália, Turquia e Lituânia) e admitiu que a equipe ainda poderia estar no Japão brigando por melhores posições caso tivesse conseguido pelo menos uma vitória nesta série.
– Fizemos sempre boas partidas, mas acho que não era nosso campeonato. Outras seleções tiveram sorte melhor. Chegamos perto em todos os jogos, mas sempre acabamos mal. Basquete é um esporte complexo – lamentou o jogador, que agora passa uma semana no Brasil antes de voltar para a Lituânia para iniciar nova temporada pelo Zalgiris.
Já o armador Leandrinho foi direto. Segundo o armador do Phoenix Suns, o motivo para a precoce desclassificação e a decepcionante 19ª colocação foi simples.
– Não atuamos bem. Tínhamos objetivos grandes, mas não deu nada certo – explicou o jogador, que alternou bons e maus momentos dentro de quadra.
Quem também disparou mesmo discurso dos jogadores foi o técnico Lula Ferreira. Assim como já havia garantido em entrevista exclusiva à GE.Net ainda no Japão, ele voltou a falar em pequenos erros, reclamou do equilíbrio do Mundial e preferiu tirar dos jogadores a responsabilidade pelo tropeço.
–Não posso creditar o resultado ruim à falta de sorte. O que aconteceu é que erramos um pouco a mais sempre. Se tivéssemos acertado, talvez estaríamos brigando pela classificação. Todos os resultados foram apertados e perdemos sempre com diferença pequena. Acho que o grupo não merecia esta derrota do jeito que ela veio. Mas posso dizer que sou o responsável por essa derrota – explicou o treinador, que aproveitou para confirmar que segue no cargo.
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