A fase ruim do tênis brasileiro tem dificultado o trabalho de Fernando Meligeni no comando da equipe do país que disputa a Copa Davis. Para o confronto contra a Suécia, entre 22 e 24 de setembro, que pode recolocar o país na elite do esporte após quatro anos, a convocação da próxima semana deve causar surpresa.

Meligeni espera a volta do assistente Mauro Menezes dos Estados Unidos, onde esteve durante as últimas semanas acompanhando o desempenho dos sete brasileiros no Grand Slam desde a disputa do qualifying. Ele tem o desfalque certo de Gustavo Kuerten, que esteve presente na vitória sobre o Equador, e pode apresentar a estréia de Thiago Alves, que será número dois do Brasil daqui a duas semanas.

– Tenho que ter o feedback dele para sentir como foi lá. Mas está todo mundo muito próximo. O Thiago vem crescendo e ganhou pontos com estas campanhas. Mas ainda me preocupo muito com a parte tática e com a experiência. Vamos jogar sob pressão aqui e tenho que tomar a decisão certa – disse Meligeni.

Além da “promoção” de Alves, único brasileiro a passar para a segunda rodada do Aberto dos Estados Unidos, as dúvidas que pairam na cabeça do capitão estão em torno de três jogadores que vêm em má fase. Um deles é o inconstante Marcos Daniel, que não consegue boa campanha há tempo. Outro é Flávio Saretta, que apresenta problemas também na parte psicológica.

– Treinei com o Saretta antes do Aberto dos Estados Unidos. Ele não está em bom momento, é verdade. Está buscando motivação, mas o que tem faltado são os resultados – destacou Meligeni.

Para piorar, o tenista paulista deve confirmar nos próximos dias o encerramento da parceria com Jaime Oncins. Ele deu declarações no início da semana garantindo que já não compartilhava das mesmas idéias do treinador. Oncins confirmou, mas garantiu que só deve decidir o futuro após a volta do pupilo de Nova York, nesta semana.

Apesar da falta de opções para o importante confronto contra os suecos, Meligeni deve mesmo optar por um grupo com cinco jogadores, com o mineiro André Sá confirmado como duplista titular. André Ghem, citado também por ele como um dos que vêm melhorando nos últimos tempos, ainda deve ficar de fora.

Brasil e Suécia jogam em setembro em Belo Horizonte, em arena montada na Expominas. Os europeus devem vir com uma equipe mais fraca que o habitual, apostando em Robin Soderling em simples e no veterano Jonas Bjorkman nas duplas. O desfalque confirmado é de Thomas Johansson, que ficará na Suécia para acompanhar o nascimento do filho.

GAZETA PRESS