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Pilotos da Varig propuseram nesta quarta, 14 de agosto, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um aumento de capital de, no mínimo, R$ 4,5 bilhões, parte adquirida com credores e um terço com o governo federal.
O diretor-sócio da GGR Finance, Bruno Rocha, qualificou o encontro com o banco como positivo. A GGR Finance foi contratada pela Associação dos Pilotos da Varig (APVAR) para fazer uma reestruturação na empresa.
– A diferença do nosso projeto para o dos controladores da empresa é que prevemos o fim do controle da Fundação (Rubem Berta) e fôlego para a Varig se reestruturar definitivamente – declarou Rocha nesta quarta à agência de notícias Reuters.
A Varig é controlada há 56 anos pela Fundação Rubem Berta, dona de 87% do capital votante. No início do ano, diante das dificuldades financeiras da companhia, a fundação admitiu abrir mão do controle e desde então negocia uma ajuda do governo por meio do BNDES.
A interferência da Fundação na administração da Varig é apontada pela APVAR e por alguns credores como um obstáculo para a ajuda do BNDES.
A Varig amarga uma dívida que beira os US$ 900 milhões. A empresa tem entre seus principais credores nacionais o fundo de pensão Aerus, Unibanco, Petrobras, Banco do Brasil, Infraero e INSS. As dívidas de fora do país são com Brazilian American Merchant Bank, General Eletric e Boeing, entre outros.
A APVAR possui 1,4 mil associados e teve toda a diretoria demitida pela Varig em abril.
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