O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, fez um movimento de aproximação com a Igreja Católica na manhã desta quinta-feira, 15 de agosto, ao entregar ao secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) seu programa de governo. Garotinho, que pertence à Igreja Evangélica, tem insistido em afirmar que não quer ter apenas o apoio dos fiéis de sua igreja em sua campanha, embora muitos de seus compromissos de campanha sejam com evangélicos. A não evangelização da campanha é uma das principais cobranças dos partidários do PSB em relação à campanha.

Segundo a assessoria do candidato, os principais pontos apresentados durante o encontro foram as políticas para combater a pobreza e a desigualdade social. Outro ponto de destaque na conversa, segundo a assessoria, foi um plebiscito sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), cuja criação vem sendo condenada por Garotinho e pela Igreja Católica, além de outras entidades.

Da parte da CNBB, foram expressas quatro premissas que devem, na opinião da entidade, serem seguidas pelo próximo presidente: o desenvolvimento sustentável, os direitos humanos, o combate à miséria e à fome e a aplicação da lei contra a corrupção.

Garotinho voltou a atacar a política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso e disse que pretende levar essas críticas ao presidente durante o encontro marcado para a próxima segunda.

– Vou dizer a ele o que penso do acordo com o FMI. O acordo, da forma como está, prejudica o país, porque deixa o próximo presidente com uma instabilidade cambial e com as reservas baixas, disse Garotinho a jornalistas ao sair do encontro.

Com informações da agência Reuters.

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