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 | 25/09/2006 13h17min

Derrota para a Suécia é a primeira em dois anos na Davis

Brasil não perdia desde 2004, quando tropeçou diante do Peru

A derrota para a Suécia por 3 a 1, em Belo Horizonte, foi a primeira da equipe brasileira em dois anos de disputa da Copa Davis, mas significou a perda da oportunidade de voltar à primeira divisão após ausência de quatro anos. O grupo não era derrotado desde setembro de 2004, quando caiu diante do Peru por 4 a 1, tropeço que significou a passagem para a terceira divisão mundial.

Naquela ocasião, o Brasil atuou com jogadores desconhecidos do público, Gabriel Pitta e Ronaldo Carvalho, em razão do boicote dos principais tenistas do país, comandado por Gustavo Kuerten em protesto à polêmica administração de Nelson Nastás frente à Confederação Brasileira de Tênis. Com a passagem para a terceira divisão, os jogadores se reuniram, encerraram o boicote e iniciaram a série de vitórias.

A primeira delas veio em fevereiro de 2005, contra a Colômbia, já com Flávio Saretta e Ricardo Mello. O placar foi um arrasador 5 a 0. Na seqüência, outro 5 a 0 contra Antilhas Holandesas e um 3 a 2 contra o Uruguai, na última fase, que garantiu o avanço do país à segunda divisão, com jogos já nesta temporada.

O ano de 2006 manteve a escrita de vitórias e registrou a volta de Gustavo Kuerten ao grupo. Ele participou da dupla ao lado de André Sá e ajudou a equipe comandada por Fernando Meligeni a vencer por 3 a 2, mesmo na casa dos rivais. O triunfo pôs o Brasil em condições de brigar pela vaga na repescagem e ela veio graças a um 4 a 0 sobre o Equador, também fora de casa, e contra os bons irmãos Lappenti.

A série só foi interrompida agora contra a Suécia, país sete vezes campeão da Davis. Os europeus disputaram o play-off após a derrota na primeira rodada deste ano para a Argentina por 5 a 0, em Buenos Aires (a Argentina, aliás, está na final contra a Rússia), e trouxeram um time até desfalcado de dois importantes jogadores: Joachim Johansson e Thomas Johansson.

Sem eles, o capitão Mats Wilander optou por Robin Soderling e Andreas Vinciguerra, além de Jonas Bjorkman e Simon Aspelin nas duplas. Eles foram melhores que os brasileiros e poderiam ter vencido até com mais facilidade, não fosse o match point desperdiçado por Vinciguerra no quinto set do primeiro jogo contra Saretta.

Ao Brasil, resta agora a luta para se manter entre os primeiros. No ano que vem, a equipe joga em abril contra o vencedor de um confronto da América do Sul, que será definido após sorteio. Até lá, o time pode ganhar o reforço definitivo de Guga e também de Thiago Alves, o novo número do país, que esteve em Belo Horizonte apenas para ganhar experiência.

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