A Argentina espera receber nesta sexta, 23, uma resposta do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o esboço da carta de intenção enviada a Washington. O documento informa que o país promete reformar os sistemas bancário, fiscal e monetário para obter ajuda financeira.

O ministro argentino da Economia, Roberto Lavagna, anunciou na sexta passada que havia enviado à vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, um esboço da carta de intenção com detalhes de um plano econômico que o país se compromete a realizar caso consiga a ajuda do organismo. Com a economia argentina estagnada desde 1998, o presidente Eduardo Duhalde tenta conseguir uma luz verde do FMI para reprogramar os pagamentos da dívida que vencem nos próximos meses, evitando cair em inadimplência. Caso isso ocorra, as aspirações do país de fazer as pazes com investidores ficam ameaçadas.

A carta de intenção inclui a promessa de obter este ano superávit primário US$ 688 milhões, uma reação na comparação com o total de US$ 490 milhões registrado em 2001. O governo acredita que atingirá o objetivo por meio do aumento na arrecadação tributária produzida por novos impostos às exportações e também pelo fato de o governo não estar realizando pagamentos da dívida.

Outro ponto da carta de intenção é a normalização do sistema bancário, que está à beira de um colapso após uma maciça fuga de depósitos. O fenômeno continua mesmo depois do governo ter congelado a maioria das contas bancárias. As informações são da Reuters.