As sete pessoas que estavam no jato Legacy, da Embraer, que teria colidido com o Boeing 737-800 da Gol na última sexta-feira já prestaram depoimento à Polícia Civil de Cuiabá e agora estão em São José dos Campos para prestar mais esclarecimentos à comissão de investigação.

– Evidentemente, as investigações mais importantes começam à medida que se ouça o que contêm as caixas-pretas do avião da Embraer, para que os depoimentos se completem – disse o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi.

Segundo ele, os depoimentos prestados até agora indicam que os passageiros e os pilotos não viram como a colisão teria acontecido.

– Simplesmente viram uma sombra e um barulho e imediatamente trataram de aterrissar. Encontraram a Base Aérea de Cachimbo e aterrissaram – disse.

Apesar de ainda não haver confirmação oficial de que os dois aviões teriam colidido em pleno vôo, Zuanazzi disse que essa possibilidade é muito grande “em função de que há algumas avarias na aeronave da Embraer”.

Estavam no jato Legacy dois pilotos norte-americanos, dois executivos da empresa que havia comprado o avião, dois funcionários da Embraer que acompanhavam o vôo e um jornalista do New York Times.

– Ninguém viu absolutamente nada. Alguns estavam com fones de ouvido e vinham em vôo normal e simplesmente ouviram o barulho. Esse é o relato deles. Somente a abertura de caixas-pretas é que vai, realmente, dar um acabamento melhor nessas declarações – explicou.

AGÊNCIA BRASIL