| 08/10/2006 17h32min
China e Japão advertiram hoje a Coréia do Norte de que não vão tolerar o anunciado teste nuclear e se comprometeram a utilizar o diálogo e a pressão para que o país retorne incondicionalmente à mesa de negociações sobre seu programa atômico.
– Sabíamos que Pyongyang observaria de perto as reuniões que realizamos hoje em Pequim e quisemos enviar-lhes a mensagem de que nunca toleraremos o teste nuclear – disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, depois de uma reunião com as máximas autoridades chinesas.
A China, que lidera as negociações entre as seis partes envolvidas na crise nuclear norte-coreana, teria se comprometido hoje, segundo o premiê japonês, a exercer sua influência para que a Coréia do Norte retorne à mesa negociadora incondicionalmente, ou seja, deixando de lado a exigência de um diálogo direto com Washington.
– A solução da crise nuclear é o maior desafio comum que enfrentamos tanto para a paz do Leste da Ásia, como para o mundo, e utilizaremos o diálogo e a pressão também para o problema dos japoneses seqüestrados, que preocupa nossa sociedade e impede a normalização das relações com Pyongyang – acrescentou.
Abe reiterou que os líderes chineses se comprometeram hoje a aumentar a pressão sobre a Coréia do Norte, já que a China é seu único aliado, para que seja possível o reatamento do diálogo rumo à desnuclearização da península coreana.
– Devemos evitar o teste nuclear da Coréia do Norte e solucionar o problema dos mísseis com as negociações entre os seis países envolvidos (China, Japão, Rússia, as duas Coréias e Estados Unidos) – concluiu Abe.
O primeiro-ministro japonês se reuniu hoje em Pequim com autoridades chinesas, entre as quais o presidente Hu Jintao, o primeiro-ministro Wen Jiabao e o presidente do Comitê Permanente da Assembléia Popular Nacional da China, Wu Banguo.
Abe reuniu-se separadamente com as lideranças chinesas durante três horas, em um gesto que prova o desejo comum de abrir uma nova etapa nas relações bilaterais.
– Há muitas áreas nas quais podemos cooperar (...), compartilhando objetivos e impulsionando as trocas para construir uma relação estratégica de interesse mútuo – concluiu o primeiro-ministro do Japão.
Nesta segunda-feira, Abe irá a Seul para encontrar-se com o presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, com quem certamente deverá falar sobre a crise nuclear norte-coreana e a necessidade de que Pyongyang volte à mesa de negociações.
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