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 | 09/10/2006 11h14min

Bush afirma que comunidade internacional responderá a Pyongyang

Presidente condenou teste nuclear da Coréia do Norte

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou hoje que "a comunidade internacional responderá" à ameaça representada pelo teste nuclear realizado pela Coréia do Norte.

Em declaração pública na Casa Branca, Bush ressaltou que o passo dado pela Coréia do Norte é "uma ameaça para a paz internacional e a segurança". Por isso, destacou que o país "merece uma resposta imediata" do Conselho de Segurança da das Nações Unidas (ONU).

O presidente disse que tinha falado com seus parceiros no processo de negociações de seis lados sobre o desarmamento nuclear de Pyongyang, do qual participam, além de EUA e Coréia do Norte, Japão, China, Rússia e Coréia do Sul, e que todos coincidem em que a atitude norte-coreana é "inaceitável".

– Mais uma vez, a Coréia do Norte desafiou a vontade da comunidade internacional, e a comunidade internacional responderá –, ressaltou.

À espera de que se confirme exatamente qual foi o movimento efetuado pelo regime norte-coreano, Bush deixou claro que o simples fato de as autoridades norte-coreanas terem anunciado a conclusão de um teste atômico "constitui uma ameaça" para a estabilidade e a segurança internacional.

Antes do pronunciamento, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, manteve conversa telefônica com bush na qual concorda com o presidente norte-americano em adotar ações decisivas no Conselho de Segurança em resposta ao teste nuclear subterrâneo realizado pela Coréia do Norte neste domingo.

Japão e EUA devem apresentar um projeto de resolução ao Conselho de Segurança. Nesse projeto, se recorrerá ao Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas para invocar a imposição de sanções contra Pyongyang. As sanções poderão ser do tipo econômico, mas também não exclui o polêmico capítulo das opções militares.

Também hoje, Rússia e China expressaram sua "grave preocupação" com o teste nuclear em uma declaração emitida por Moscou após uma reunião do vice-ministro de Assuntos Exteriores russo, Alexander Alexeyev, com o embaixador chinês, Liu Guchang.

– As partes coincidiram em que este passo da Coréia do Norte, realizado contra a vontade da comunidade mundial, gera a ameaça de uma maior escalada da tensão na península coreana e atiça a corrida armamentista –, assinala o comunicado conjunto emitido pela Chancelaria russa.

O documento acrescenta que Moscou e Pequim concordaram em coordenar seus esforços a fim de conseguir o reatamento, o mais rápido possível, das negociações de seis lados (Estados Unidos, Japão, as duas Coréias, Rússia e China) sobre a crise nuclear norte-coreana.

AGÊNCIA EFE
 
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