O governo da África do Sul prometeu nesta segunda, 26 de agosto, durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, agir com rigor contra manifestantes que possam tumultuar a capital Johanesburgo durante o evento que teve início nesta manhã.

No sábado, um grupo de esquerda, composto na maioria por sul-africanos que se opõem às privatizações e fazem campanha pela reforma agrária, conseguiu exposição mundial graças a um pequeno confronto com a polícia, no centro da capital sul-africana. Pelo menos um manifestante foi preso.

– Não vamos permitir que aqueles que tentam tumultuar a cúpula façam o que quiserem para conseguir o seu fracasso. Vamos agir muito, muito firmemente contra quem quiser desafiar as leis deste país – afirmou o ministro sul-africano da Segurança, Charles Nqakula.

O encontro é o maior evento realizado no país desde o fim do regime de segregação racial do apartheid, em 1994. O governo sabe que incidentes violentos envolvendo manifestantes, a polícia ou criminosos comuns podem abalar a imagem da África do Sul. Durante a preparação para a cúpula, houve vários incidentes, mas nenhum deles com violência grave. Na segunda-feira, 12 ativistas do Greenpeace, todos estrangeiros, foram liberados pela Justiça depois de deporem sobre uma manifestação perto da única central nuclear sul-africana, perto da Cidade do Cabo.

As autoridades deslocaram 10 mil policiais e soldados para reforçar a vigilância em Johanesburgo. Uma das provas de fogo para a polícia será a palestra que o chanceler de Israel, Shimon Peres, agendada para o dia 3 de setembro.

Nesta segunda, o único incidente violento teve a ver com o Oriente Médio. A polícia precisou intervir para que ativistas israelenses e palestinos não partissem para a briga, em um dos recintos da reunião.

As informações são da agência Reuters.