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Depois de o governo russo se mostrar suscetível à recusa do Protocolo de Kyoto – que prevê a diminuição da emissão dos gases tóxicos associados ao aquecimento global –, a indecisão recaiu sobre o Canadá. Durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, o Ministério de Meio Ambiente canadense informou que o primeiro-ministro, Jean Chretien, decidirá sobre o projeto até o próximo dia 4, data do encerramento do encontro.
O Canadá adotou uma postura indefinida em relação a uma delicada questão diplomática sobre o futuro do pacto contra a poluição, depois de os Estados Unidos optarem por não ratificar o plano.
– O primeiro ministro vai dizer que é o desejo dele ratificar, esse é seu propósito, sua meta, seu desejo, todas essas palavras podem se usadas, mas o que posso dizer é que isso não ocorrerá agora – afirmou o ministro do Meio Ambiente, David Anderson.
O sucesso do protocolo foi posto em risco hoje, depois que um ministro russo disse que o país poderia não ratificá-lo. Se isso ocorrer, o tratado pode ser esquecido.
– Ele vai guardar usa decisão até que mais consultas, exigidas pelas províncias, sejam realizadas. E isso será feito, nós esperamos, nos próximos dois meses – disse ele.
Se ratificar o pacto, o Canadá vai ter até 2012 para reduzir as emissões originadas através da produção de energias, transporte e outros setores por 6%, em relação ao nível registrado em 1990. As últimas estimativas indicam que as emissões de gases tóxicos no Canadá aumentaram cerca de 20% em 2000.
A União Européia e o Japão se mostram favoráveis ao projeto. Mas de acordo com um complexo sistema de voto, após a rejeição americana, o pacto só pode ter efeito se a Rússia decidir ratificá-lo.
Por sua vez, Moscou sente que os bilhões de dólares esperados com a venda de "direitos para poluir'', sob o mecanismo de comércio de emissões, estariam ameaçados, já que os Estados Unidos, que seriam os principais compradores, estão fora do processo.
– Isso significa que a Rússia estaria perdendo um potencial de mercado no comércio de emissões. O estímulo econômico do Protocolo de Kyoto está desaparecendo – disse o vice-ministro Mukhamed Tsikanov, do Ministério para Desenvolvimento Econômico e Comércio. – Esse é um ponto chave, que pode exercer um papel negativo em todo o processo do Protocolo de Kyoto.
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