| 30/08/2002 23h01min
O ministro Pedro Malan, da Fazenda, defendeu nesta sexta-feira, 30 de agosto, a permanência de Armínio Fraga na presidência do Banco Central (BC) pelo menos nos três primeiros meses do próximo governo, independente de quem assumir a presidência do país.
Malan – que participava de evento na Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo – argumentou que o Congresso não funcionará em janeiro. E a partir de fevereiro, quando retomar os trabalhos, perderá pelo menos um mês e meio para se compor com os novos parlamentares e a escolha do presidente da casa. Assim, ele avalia que a indicação do novo governo para a presidência do BC seria aprovada somente no fim de março.
– O futuro presidente só teria a ganhar mantendo Fraga por três meses na liderança do BC, porque isso reduziria a turbulência do mercado – argumentou.
O ministro afirmou ainda que o "ideal seria a aprovação da proposta de emenda que altera o artigo 192, que regulamenta o sistema financeiro e estabelece a autonomia do BC". Malan disse também esperar maior controle de gastos públicos na área social para evitar corrupção.
Ele anunciou também que vai viajar com a equipe econômica no dia 9 de setembro para Europa e Japão. A equipe econômica, informou, deverá se dividir em grupos para falar com representantes de instituições financeiras em Londres, Amsterdã, Frankfurt, Paris e Tóquio. A duração da viagem não foi informada.
Sobre mudança no PIS/Pasep, Malan acredita que ainda deverá gerar muitos debates. O presidente Fernando Henrique Cardoso atendeu ao pedido da área econômica do governo e editou a medida provisória que acaba com a cumulatividade no recolhimento do PIS/Pasep na cadeia produtiva. De acordo com o ministro, haverá aqueles que prefeririam a cobrança do PIS/Pasep como era feita antes, sobre o faturamento.
O ministro citou a criação do Simples, um sistema simplificado de cobrança de impostos para pequenas e médias empresas. Segundo ele, a consolidação de uma reforma tributária é um dos pilares principais para a retomada do crescimento do país e deverá ser incentivada pelo próximo governo. Outro fator importante para gerar crescimento, segundo ele, é a reforma previdenciária.
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