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A Frente Trabalhista lançou nesta sexta-feira, 6 de setembro, uma ofensiva contra o que considera uma "armação política" contra a candidatura de seu candidato à Presidência, Ciro Gomes (PPS).
Em São Paulo, o candidato a vice-presidente na chapa de Ciro, Paulo Pereira da Silva (PTB), o Paulinho, aproveitou um depoimento ao Ministério Público Federal para investir contra o governo federal. Ele deixou o local prometendo processar o procurador federal Célio Vieira da Silva, que, segundo ele, "está trabalhando a favor do governo".
Silva investiga a suposta compra superfaturada de uma fazenda, no município de Piraju (distante 328 quilômetros de São Paulo). Segundo o procurador, há indícios de que Paulinho desviou recursos públicos do programa Banco da Terra para fazer o negócio. O candidato chegou à sede do MPF acompanhado de cerca de mil manifestantes da Força Sindical, que fizeram um ato político na rua. Negou todas as irregularidades e disse que as denúncias são frutos de "armação política".
– O governo está utilizando todo a sua força e máquina para promover e levantar a candidatura do seu candidato (José Serra, do PSDB). Tudo isso é uma armação política, e eu vou provar a minha inocência – disse.
Ao deixar o Ministério Público, Paulinho também aproveitou a oportunidade de lançar pesadas críticas à ministra-chefe da Controladoria-Geral da União, Anadyr de Mendonça Rodrigues, a quem ameaçou processar e chamou de "mal-amada".
– Quando ela fala todo mundo percebe que ela é mal-amada, é uma mulher amarga. Ela também nunca foi atrás das falcatruas que envolvem o governo Fernando Henrique Cardoso – disse Paulinho.
Segundo sua assessoria, Anadyr não se pronunciará sobre as ameaças de processo por Paulinho porque considera o acesso à Justiça um direito de todos, mas volta a confirmar que foram encontradas irregularidades nas investigações, que já estavam marcadas antes do processo eleitoral.
Em Brasília, um grupo de militantes da coligação fez um barulhento protesto em frente ao TSE, acusado de "parcialidade" em favor de Serra. Munidos de bandeiras e gritando palavras de ordem, cerca de 150 militantes do PDT e do PPS chegaram à portaria do tribunal, mas foram contidos pelos próprios organizadores e não ingressaram no prédio.
O presidente do TSE, ministro Nelson Jobim, repudiou o que chamou de "mobilizações políticas" contra as decisões da corte, sem se referir a Ciro ou à Frente Trabalhista.
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