O presidente licenciado da Força Sindical e candidato à vice de Ciro Gomes (PPS) na disputa pela Presidência, Paulo Pereira da Silva, não prestou depoimento pela segunda vez sobre a compra de uma propriedade rural. Em setembro de 2001, o procurador de Marília, interior paulista, Célio Vieira da Silva, abriu processo para averiguar se houve superfaturamento na compra da fazenda Ceres, em Piraju, pela Associação dos Agricultores Força da Terra, ligada à Força Sindical.

Através de nota divulgada pela sua assessoria, Paulinho justificou a ausência dizendo que ele não foi notificado. Apesar disso, Silva informou que o oficial de Justiça entregou a intimação no dia 22 de agosto ao advogado de Paulinho, Antônio Rosella, que conta com procuração do sindicalista para representá-lo no processo. Outra cópia da notificação foi entregue para a secretária do sindicalista, mas ela não quis assinar o documento.

O Ministério Público Federal cogita pedir auxílio à Polícia Federal para localizar o político caso ele não apareça outra vez. Um inquérito sobre prática de crime de desobediência de ordem legal também pode ser instalado. Segundo Silva, a propriedade de 306 alqueires custou R$ 2,3 milhões, mas a perícia do próprio Ministério Público Federal avaliou a propriedade em R$ 1,3 milhões. Além disso, o procurador informou que o exame topográfico revelou que a fazenda possui na verdade 302 alqueires, com 17,1% da área para fins de agricultura. Com informações da Globonews.